Retrospectiva de Natal
Respiro o ar quase rarefeito.
Tenho a lareira acesa.
A manta faz parte do outfit, assim como a caneca de chá fumegante.
Aqueço o corpo e as ideias.
Reorganizo os espaços no armário dos sentimentos.
Está quase a acabar o ano.
É tempo de limpar as amarras que já não te levarão a lado nenhum.
É tempo de ponderar todas as atitudes e decisões tomadas neste último 2017.
Não sou de pensamentos intermináveis, nem de grandes debates de consciência.
Peso os prós e os contras com a rapidez de uma soma básica de matemática.
Não corro atrás.
Não exijo nada.
Não confronto atitudes.
Registo tudo no turbilhão incessante que se move comigo no dia a dia.
E depois quando acho necessário mantenho o que devo manter e deito fora o que já não interessa.
Esta época por ser o final do ciclo anual é propícia a grandes discursos de mudança sem nexo.
Eu prefiro guardar as mudanças, de preferência as boas, para quando sinto o click.
Não me perco em pensamentos precoces.
Para o ano espero que tudo corra conforme o que fui semeando.
Nem mais, nem menos.
Cada um tem o que merece.
Este ano enfeito a minha árvore com amor, esperança e paz.
Espero manter as mesmas decorações por muitos anos.