Andamos a queimar os últimos cartuchos do isolamento e do pós isolamento. Sei que nada será o mesmo e agora andamos sempre no põe e tira máscara, no desinfeta as mãos cada vez que entramos num estabelecimento, num constante corropio a jogar à roleta russa de apanha ou não apanha Covid. Não estou preparada para largar o mais novo na creche (confesso!), mas estou ansiosa de voltar à normalidade da rotina laboral. Não é que adore trabalhar, calma não sou masoquista, mas a rotina de ter os dias ocupados sem ser com fraldas e birras parece-me uma boa miragem. Se aprendi alguma coisa nesta quarentena foi que o meu metabolismo é bem mais lento so que julgava, que não ter amizades próximas e sinceras com proprietários de montes alentejanos é só um escândalo (😂), que o meu mini T2 para 4, numa altura em que não podemos tirar os esqueletos de casa e usufruir dos espaços verdes que, como contribuintes pagamos a sua manutenção para serem utilizáveis, é quase um exercício de controlo de claustrofobia. Aprendi que não sou uma "influéncér" de jeito porque não molho os pés num alguidar na varanda com uma mini bóia de flamingo lá dentro; A minha coleção de ténis foi paga na sua totalidade do meu bolso; Nem uma garrafinha da Prozis me ofereceram e quando fui comer um waffle que foi oferta após uma compra que efectuei (😱) e que ainda estava na validade , que eu confirmei, o mesmo estava bolorento. Vejam a minha sorte. 🤦♀️ Não me vêm parar cenas várias cá a casa sem ser faturas para pagar. Não percebo o porquê das marcas não verem em mim uma boa escolha para publicitar os seus artigos. Mas "prontos", eu "tou-vos" a ver é só o que tenho a dizer. Até domingo vou aproveitar este dolce far niente e depois começa a vida novamemte. Mas com máscara e desinfectante. 😷⚠️ Obrigada por terem me acompanhado e dou por terminado o diário do Covid. Até amanhã ❤🍀
E hoje foi dia de sacudir as toalhas e sentar na relva. A vida é para ser vivda com precaução, mas sem nunca nos esquecer-mos que só teremos esta, portanto toca de criar memórias e histórias com os nossos. É tempo de aproveitar todo o tempo que não tivemos até agora. Sei que me tiram do sério tantas vezes ao dia, que às vezes acho que o meu dia tem bem mais que 24h. Mas não os troco por nada. São uma mini versão minha, o que é deveras assustador. Parece que às vezes estou a ralhar e a por de castigo a minha pessoa. Adiante, como estava a dizer, hoje foi dia de pic-nic e de jogar à bola. Foi dia de nos bezuntar-mos de gelado e de gargalhadas. Estávamos mesmo a precisar disto. Os 4. O bando dos 4 a espalhar o caos. Somos uma equipa e pêras. E é isto que levamos desta vida. Agora é só arrumar as ideias outra vez e esperar que a sanidade mental recupere o máximo possível.
Vamos fazer um minuto de silêncio pela minha sala que estava arrumada à 5min atrás e aproveitar para contemplar as minhas maravilhosas garras feitas pela minha anocas @ac.nails.ritualdocorpo É muito amor numas unhas completamente roidas e desfeitas após 53 dias isolamento. Eu acho que elas eram um espelho da minha alma. Agora até tenho medo de trocar uma fralda e estragar esta obra de arte. Estou tão feliz que me vou esquecer da sala desarrumada e arrumar tudo outra vez, como se da primeira vez se tratasse. E em 53 dias disto posso dizer que não me apetece que acabe, agora que o fim está mais próximo. Pensei que ia estar mais vezes com a gelatina no sofá, mas o balanço é positivo no sentido de não haver mortes a registar. Eu e o meu homem saímos disto mais unidos e fortalecidos do que nunca... só que não 🙄 Foi uma prova de fogo e de paciência. Não vejo o que nos beneficiou, contrariando todas as teorias de psicologia. Devo ser demasiado azeda para estas coisas pelos vistos. E pronto o diário do Covid está quase quase a terminar. Mas ainda teremos aventuras por estes dias. Cuidem-se e não andem para aí num corrupio agora que as lojas abriram.