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100 Borboletas no estômago

100 Borboletas no estômago

Seg | 22.06.20

Vamos falar de saúde mental?

Tânia Garcia

Tão verdade ❤
Nem sempre a caminhada é fácil e os caminhos a direito.
Muitas vezes ficamos retidos a meio a obter fôlego para a restante jornada.
Não sabemos para onde vamos, nem ao que vamos.
As lições, essas, vamos retirando pelo caminho.
Não há fórmulas mágicas, bússolas ou GPS para caminhar pela vida.
Aproveitemos então, enquanto cá andamos, para brindar ao amor, à empatia, à solidariedade, a todas as coisas boas por vezes abafadas pelas de menor interesse.
Desistir não é fraquejar.
É deixar de acreditar, quando se foi forte demais por demasiado tempo.
A depressão, a ansiedade e os transtornos existem.
Todos lidamos com o monstro que nos habita as entranhas negras da alma.
Por vezes adormecido, conseguimos domá-lo melhor, mas nem sempre.
Num mundo de contrastes o mal e o bem vivem na mesma casa.
Cabe-nos a nós alimentar aquele com que nos identificamos melhor.

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Sab | 13.06.20

Santos em casa

Tânia Garcia

Quem como eu é alfacinha de gema e cresceu nas ruas de um bairro lisboeta, sabe que, como manda a tradição, mês de Junho é mês de ruas enfeitadas com mil cores, é cheiro de majerico na janela, é sardinha assada, é chinelo no pé e cerveja na mão e mais importante era altura de fazer o trono a Santo António.
Os mais novos, nas suas mil artimanhas, tentavam "arrancar" todos os " tostõezinhos" que conseguiam aos mais velhos.
Treinavam o "olhar de Bambi" e lá iam eles para a rua fazer a colecta.
No fim, juntava-se tudo e fazia-se a festa.
Claro que era tudo gasto em doces. 🤭
Mas quem é que se preocupava com diabetes na altura?
O açúcar, para os adultos lá de casa, só servia para nos fazer ficar mais inquietos.
E éramos tão felizes assim.
Tenho pena da tradição do trono ter ficado para trás.
Além de andarmos entretidos a pintar, recortar e colar, trabalhávamos a parte motora, criativa e aprendíamos a gerir os ganhos.
Ou então não... 😂
Na maior parte das vezes era chapa ganha, chapa gasta.
Mas de uma coisa tenho a certeza, as ruas de Lisboa enchiam-se de crianças, de gargalhadas e gritaria.
Que saudades do meu Bairro Alto antigo. ❤

 

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Dom | 07.06.20

...

Tânia Garcia

Quem me conhece sabe que sou pelas causas.
A injustiça praticada a quem tem uma defesa dificultada enerva-me e revolta-me de tal maneira que até me sobem calores por mim acima.
Sempre privei com pessoas que gosto e que me fazem bem.
E para mim são amigos e apenas isso.
Não digo que tenho um amigo preto, como não digo que tenho um amigo branco, como não digo que tenho um amigo gay ou um amigo hetero.
Eu não catalogo os meus amigos e as pessoas com que me cruzo.
Acho uma pessoa idiota pelas atitudes que tem e não pela cor da pele.
Não começo as frases com "Eu não sou racista, mas...."
Não percebo como conseguem fazer juízos de valor pela cor de pele, pela orientação sexual ou pela religião, sem se quer conhecer a pessoa por detrás desses rótulos todos.
Mas, bem, o que me faz escrever este post é o facto de no dia de ontem ter observado uma assustadora enchente de gente numa manifestação onde sabemos não ir levar a nada.
Eu sou pelas causas, mas mais importante sou pela justiça.
E não acho justo que durante 2 meses e meio, não se tenha falado de outra coisa senão num vírus extremamente contagioso e mortal, que nos fez parar como o mundo nunca se lembra de ter parado, de vermos massacrados os profissionais de saúde que na linha da frente todos os dias põe em risco a sua própria vida para salvar a nossa e a dos nossos e numa tarde, num egoísmo enorme, deitar-mos tudo a perder para erguer cartazes com frases feitas.
Poderíamos fazer a nossa mensagem chegar inundando as varandas com mensagens de apoio, nos hastags das redes sociais, nos posts, na simbologia.
Não consigo concordar com a irresponsabilidade que se passou ontem.
Na sua maioria jovens, que mesmo de máscara não a sabem utilizar e deste modo puseram a vida de todos nós em risco.
Nós somos melhores que isto.
E levantaram-se tantas vozes críticas em relação às comemorações do 25 de Abril, do 1° de Maio, da festa do Avante e depois damos este exemplo.
Eu percebo a causa que querem defender, mas a forma utilizada para passar a mensagem é que falhou.
Espero daqui a um tempo não estarmos a falar disto pelos piores motivos.

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Qua | 03.06.20

Desconfinando

Tânia Garcia

Desconfinei senhores!!!!
E deconfinei que foi um mimo.
1° dia de trabalho dou um jeito às costas que até me custa comer 🙄,
2 meses e meio em casa e a mais velha passa-me a noite toda a vomitar logo no primeiro dia de trabalho. 🤦‍♀️
Conclusão: olheiras até ao joelho, disfaçadas com muito betume.
Mas fora isso tudo tranquilo.
Descobri que agora acumulo funções de vigilante, visto ter de estar constantemente a pedir às almas penadas que se arrastam por aí, que, a não ser que estejam mesmo mortas, têm de usar máscara dentro do estabelecimento e têm de desinfetar os cotos.
E refilam por tudo.
É porque o álcool gel que temos pode fazer alergia e que não sabem se misturamos água 🤷‍♀️🤦‍♀️) para diluir mais aquilo, ou é porque a máscara faz impressão, que não percebem porque é que não posso tirar 120 anéis para experimentarem e não levarem nenhum...
Eu juro que quem andava a pregar que depois disto íamos ser todos pessoas melhores e viver de algodão doce e purpurinas, deve andar a marrar com a cabeça nas paredes em grande.
Eu acho que o mal do mundo parece destacar a estupidez humana.
É tipo um leve 2 e pague 1.
Toma lá uma dose de Covid e.... uma de estupidez.
Se escolheres és um cócó.
Mas pronto, nem tudo é mau.
Com a máscara na cara não sinto o mau hálito dos clientes. 😂
Temos de ser positivos e ver o lado bom das coisas.
Tenho pena de ter acabado o diário do Covid, mas agora temos o diário do desconfinamento.
Vou partilhando convosco o meu dia a dia e prometo tentar não cortar os pulsos até esta treta toda acabar.
Até amanhã meujamores ❤

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