Contagem decrescente para a vida
Todos os caminhos vão dar a nós.
Podemos serpentear pela estrada do destino vezes sem conta, mas no fim tudo se resume a isso.
Escolhemos todos os trajectos, preparamos a bagagem, mas ficamos sempre com a sensação que falta algo.
O que falta é simples...
Falta viver a vida sem pressa, viver a vida sem horários, tão descontraída quanto possível.
Nem sempre temos disponibilidade para isso, ficamos presos nos ponteiros do relógio e vamos deixando o tempo passar à espera que a vida mude.
E eis que chega a altura das férias.
Chega a altura dos cabelos desalinhados, dos sorrisos leves, dos dias intermináveis, de contar estórias e histórias dos bons momentos, relembrar a infância e a adolescência onde tudo era arco íris e purpurinas.
Vivemos um ano inteiro para estes 15 dias de descanso.
Bebemos aquele copo de vinho com a amiga marcado há meses, senão anos.
Falamos com tempo, sem pressa para tratar das coisas para o dia seguinte.
Tudo muda. A terra passa a girar com menos veemência. E vamos vivendo cada momento saboreando-o como uma taça de gelado com topping.
São estes dias que fazem falta todos os meses, são esses dias que nos fazem ver que vale a pena andar por aqui durante os anos que nos forem possíveis.
São esses dias que irão deixar saudades quando já não tivermos forças para agarrar na caneta da saudade e escrever mais um capítulo da nossa jornada.
Até lá vamos aproveitando enquanto a tinta não seca e a folha não envelhece.
Boas férias!